top of page

NOSSA MATRIZ

São Paulo, Brasil
 

COMO TUDO COMEÇOU...

 

 

 

Numa tarde ensolarada de domingo, do ano de 1996, os moradores de uma área irregular situada no Conj. Habitacional Teotônio Vilela - mais precisamente na Av. Arquiteto Vilanova Artigas -, receberam uma notificação judicial a qual propunha o prazo de 15 (quinze) dias para desocupação da área habitada, pois esta era irregular e não pertencia a eles, havia um proprietário, a (COHAB).

 

Diante da inesperada notícia e interessados por melhores condições de habitação, os moradores montaram uma comissão, a qual imediatamente foi à busca de auxílio mais especializado, principalmente, informações de pessoas que passaram ou presenciaram situações semelhantes. Felizmente, os moradores encontraram o que procuravam: Irmã Gema, holandesa, Católica Apostólica Romana e prestadora de serviços voluntários das Comunidades Católicas da região. Esta foi a primeira pessoa que se sensibilizou com o ocorrido e ofereceu ajuda. Ela indicou uma pessoa de sua total confiança, Dr. Miguel Afonso Reis, advogado voluntário e que no momento dos fatos fazia parte da Assessoria do Vereador Devanir Ribeiro. Dr. Miguel apresentava uma história curricular de luta voluntária à conquista da regularização de áreas irregulares, as quais, em sua maioria, eram regularizadas. A comissão de moradores sentiu-se amparada com tanta assistência.

 

Como providência inicial, Dr. Miguel convocou uma reunião para resolução do problema, solicitando a presença do Vereador Devanir Ribeiro, para que com sua possível intercessão, conseguisse suspender a reintegração de posse a tempo de conseguir algum recurso e, de fato, foi o que aconteceu. Apesar das dificuldades, o recurso foi aprovado pelo juiz da 3ª Vara do Fórum da Brigadeiro Luiz Antônio. Contudo, a primeira audiência custou a ser marcada, somente no dia 08 de abril de 1998, aproximadamente às 14h00min é que ela foi realizada - ainda sem direito de voz ativa da comissão.

 

Inúmeras audiências aconteceram após essa data e, inclusive, contaram com a presença dos reais invasores da área (os moradores do ano de 1996 não foram os reais praticantes da invasão e ocupação das áreas). Porém, os resultados seguintes foram negativos, resultando mais uma audiência.

 

 

 

Chegado o dia da audiência, falsas acusações foram levantadas por parte da TESTEMUNHA da PROPRIETÁRIA da área, COHAB. A comissão de moradores sentiu-se humilhada diante das acusações, não tinham ao menos o direito de se justificarem. Em defesa, Dr. Miguel prontamente pediu ao juiz um laudo atualizado da área, o qual justificasse tais acusações. O pedido lhe foi concedido. Sendo assim, enquanto o laudo não se aprontava, por tempo indeterminado, a reintegração de posse da área foi suspensa pelo mesmo juiz.   

 

A “Associação de Moradores na Luta pela Moradia do Conjunto Teotônio Vilela”, foi constituída legalmente em 12 de janeiro de 1999 pela mesma comissão de moradores que lutou desde o princípio pela legalização da área que habitavam. 

 

Mas, foi somente no ano de 2014, após muitas negociações, a entidade oficializou a solicitação de regularização dessas áreas, por meio de ofício à Diretoria de Patrimônio da Companhia Metropolitana de Habitação de São Paulo (COHAB-SP).

 

A concepção dessa entidade foi fundamental para reforçar a luta pela moradia, além do desenvolvimento de outros serviços de caráter social.  Atualmente a sede da entidade continua no mesmo endereço residencial: Av. Arquiteto Vilanova Artigas, 17, Jd. Sapopemba – São Paulo – SP CEP: 03928-240.

 

Rosina Rosa dos Santos, Presidente, principal fundadora, mantenedora da entidade, intermediada pela Irmã Gema, prestou serviços voluntários à Comunidade Católica Cristo Salvador nas Pastorais da Saúde, Liturgia, Dízimo e Finanças. Após essa experiência de trabalho com a Comunidade, foi inserida no Programa Saúde da Família da Unidade Básica de Saúde do Teotônio Vilela, como Agente Comunitária de Saúde e; Maria Lélia Barbosa da Silva, Vice-Presidente são as pessoas fundamentais para a existência da entidade.

 

Até os dias atuais, a entidade conta com o apoio, da maioria daqueles que fizeram parte de sua história, e prossegue a sua luta por novas parcerias, novos projetos igualitários e ambientais que possam assistir pessoas e famílias carentes.

 

E, por permanecer na luta, passou a ser denominada Instituto de Educação e Cultura Alutha.

bottom of page